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VíaCiencia: realidade aumentada e virtual aplicada à pesquisa

Na Espanha e no México, uma empresa da mesma holding, Análisis e Investigación (AeI), já realizou pesquisas com essa tecnologia. Aqui, Carolina Pulido explica por que decidiram oferecer essa técnica de pesquisa no Chile.

Realidad Virtual, Mercadeo
Imagen tomada de aimchile.cl

A VíaCiencia, empresa parceira da AIM, está utilizando sua ferramenta de realidade aumentada e virtual, por meio do conceito de neuromarketing, para realizar pesquisas de mercado em lojas imersivas onde o consumidor pode sentir que está em um processo de compra real. "Nosso objetivo é disponibilizar essa tecnologia de ponta a todos os nossos clientes aqui no Chile", afirma Carolina Pulido, gerente geral da VíaCiencia.


“Vimos que muitas empresas querem conhecer melhor o consumidor com novas ferramentas ágeis. Acreditamos que a realidade virtual e aumentada pode nos permitir conhecê-los de forma mais profunda. Estamos vendo a necessidade do mercado e vamos começar a fazer estudos desse tipo aqui no Chile”, afirma.

Para isso, a VíaCiencia já conta com o exemplo de dois estudos realizados pela Veris Behavior, startup espanhola que trabalha em conjunto com a empresa AeI: um na Espanha e outro no México. No Chile estão em processo de desenvolvimento com um primeiro projeto.


Alekos Martínez, CEO da Veris Behavior, diz que seu compromisso com um estudo com realidade virtual se deve ao fato de que “havia muitos tipos de estudo que tinham um viés de contextualização. Uma coisa é o que as pessoas dizem quando estão em um determinado processo de pesquisa, como um grupo focal ou uma pesquisa, outra é o que elas realmente fazem quando estão dentro da loja, não porque as pessoas querem mentir, mas porque os processos de compra são subconscientes e a maioria das decisões são tomadas dentro da loja com os estímulos que estão dentro da loja”. “Então, a realidade virtual causa um efeito chamado presença: as pessoas em um nível consciente sabem que estão em um processo digital, mas em um nível subconsciente não e respondem naturalmente a todos os estímulos”, acrescenta.


Martínez diz que no estudo da Espanha, por exemplo, uma empresa do setor cafeeiro havia lançado uma embalagem com certas hipóteses e não estava recebendo os resultados esperados. Esta consistiu em três fases: uma, com realidade virtual em que o consumidor tinha que comprar o que mais desejava na loja e se fazia uma pergunta dentro da realidade virtual. A segunda, em que dentro da realidade virtual foi indicado que o consumidor deveria pegar diferentes embalagens e dar sua opinião. A terceira, por meio de uma pesquisa de produto, sobre o que ele achava, sobre a categoria, entre outras perguntas, além de validar a experiência virtual.


“Além de saber o que o consumidor faz, nossos óculos possuem rastreamento ocular para que possamos saber onde está a atenção do consumidor o tempo todo, podemos visualizá-lo com mapas de calor, podemos fazer mapas da sequência do olhar e também saber quais produtos levou, quanto tempo e qual produto foi finalmente adicionado ao carrinho”, diz Martínez.


Este estudo concluiu que, embora no processo de grupo focal várias pessoas considerassem a embalagem boa, no momento real da compra havia várias marcas fazendo praticamente a mesma coisa e optaram por não selecionar aquele café específico. “Além disso, com consumidores mais jovens, interessados ​​em sustentabilidade, aconteceu que a marca não estava comunicando como reciclavam nas embalagens. E foi visto, em realidade aumentada, como o consumidor ainda estava no corredor em busca de algo mais ecológico”, acrescenta Martínez.


Oportunidades para o Chile


Carolina Pulido considera que existem várias oportunidades para as marcas do mercado chileno ao implementar este tipo de estudo. Além da agilidade, ele comenta que algumas pesquisas -como esta sobre café na Espanha- não poderiam ser feitas dentro de uma loja, mas por meio da realidade virtual.


Ele comenta ainda que a realidade virtual permite automatizar uma série de procedimentos que não são fáceis em um estudo físico, como a variável preço-cor. Martínez detalha que "temos a capacidade de fazer com que o consumidor fique de frente para a prateleira, tome uma decisão e altere automaticamente o preço, tamanho ou cor e solicite que o consumidor tome uma decisão novamente, com isso você pode medir os diferentes impactos das diferentes variáveis de um produto”.


“Acredito que este tipo de estudo tem muitas vantagens para diferentes empresas, por exemplo o mundo do varejo, supermercados, farmácias, telecomunicações e o mundo dos serviços. Acho que vai trazer muitas vantagens para essas indústrias e é aí que queremos estar”, diz Pulido.


"As empresas também já estão começando a ver o que está acontecendo no metaverso e isso é como um passo preciso nessa direção para ver como seria entender um pouco esse novo mundo imersivo e como, por meio da realidade virtual, posso ter gêmeos digitais e ver como os diferentes consumidores se comportam e o desempenho da gestão comercial dos meus produtos e serviços”, conclui.


Artigo retirado de aim.chile.cl


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